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A fluorescência de raios X no estudo do Património Cultural

Em inglês

Luísa Carvalho

O estudo da composição elementar de uma obra de arte é o primeiro passo para reconstituir a sua história. Uma parte da história dos objectos e do modo de vida das populações está contida nos materiais à escala atómica e é esta informação que a Física vai procurar. Nos últimos anos desenvolveram-se equipamentos portáteis de raios X que permitem a análise elementar in situ, de objectos que de outra forma não seriam estudados. É possível deslocar os equipamentos aos locais de interesse como museus ou escavações, de modo a caracterizar técnicas de fabrico de objectos antigos, identificar falsificações ou restauros de obras de arte ao longo do tempo, conhecer condições ambientais e hábitos alimentares de civilizações desaparecidas, etc.

A Fluorescência de Raios X é uma das técnicas mais utilizadas e é uma ferramenta perfeita para estudar a composição elementar dessas obras, porque permite a análise da peça sem necessidade de amostragem nem de causar quaisquer danos. Permite ainda estudar objectos que não podem ser deslocados do seu local original devido ao seu peso e dimensões, ou devido ao seu valor.

A fluorescência de raios X como técnica analítica tem um princípio físico muito simples. Necessitamos de um feixe de radiação X primária para ionizar, num nível interno, os átomos constituintes da nossa amostra. Esses átomos ao regressarem ao seu estado fundamental emitem radiação, igual à diferença de energia dos níveis entre os quais se deu a transição. Esta energia é característica de cada elemento existente na amostra, permitindo-nos a sua identificação.

Serão dados exemplos de identificação e caracterização de obras de arte por esta técnica, que demonstram as potencialidades de análise elementar não destrutiva.

 

Fluorescência de raios X
Luísa Carvalho

Radiação de sincrotrão
Martin Radkte

Microscopia Raman
Vânia Muralha

Análise de argamassas
António Santos Silva

Polímeros sintéticos
Ruth Chercoles

Identificação de pigmentos
António João Cruz

Será uma falsificação?
Maria Filomena Guerra